terça-feira, 4 de maio de 2010

De mim para ti, bf (L)

Se queres que te diga, nem sei por onde começar. Mas perguntas tu: que tal começares pelo principio? Tens toda a razão. Então para não perder tempo, vou finalmente começar.
Antes de nascermos, já nos “conhecíamos”. Dizíamos que já éramos irmãs dentro da barriga das nossas mães. Se bem me lembro a tua mãe e a minha eram super amigas, os tempos mudaram, já não era a mesma coisa. Mas depois finalmente aparecemos nós, cheias de vida, cheias de alegria. Tornamo-nos irmãs, primas … Passávamos manhas, tardes, noites, dias a fio, sempre juntas. E por um momento, pensava eu: será que ela vai ser a minha melhor amiga? Será que ela é a razão de tudo isto? E continuava a tentar arranjar uma resposta para aquelas duas tais perguntas que andavam constantemente no meu pensamento. Chegou uma altura que nos separamos, não percebemos bem o porquê mas talvez fosse os desentendimentos de crianças que mal tinham a noção do que é que se passava ali. Eu adorava-te, apesar de teres tido umas atitudes ridículas, mas nunca foste indiferente para mim. Passamos dois, três, quatro, cinco anos sem nenhum contacto, sem nenhuma palavra, sem nada. Tínhamos a ideia de que a nossa amizade de infância tinha acabado. Não, nada disso …
Mais tarde, reencontramo-nos. Houve uma aproximação muito grande. Começamos a falar sempre muito tempo, horas … Tornas-te muito importante na minha vida, tornamo-nos irmãs, afinal sempre fomos. Quando te vi novamente em Porto Covo, foi um momento mais especial, mais mágico, mais intenso que eu alguma vez tive em toda a minha vida. Tu estavas lá, tu estavas lá de volta, estavas ali á minha frente. O meu coração acelerava cada vez mais e de repente, abracei-te, fechei os olhos e pensei: é ela, ela é a minha melhor amiga. Só naquele preciso momento é que tive a certeza absoluta de que eras a minha Maria. Depois, olhava para ti e só me apetecia dizer que te amava, admirei-te tanto naquele momento. Eras tu, eras tu que me fazias sorrir. Era um inicio de um longo Verão.
Começou. Começou o mais desejado Verão 2009 que tanto esperávamos. Estava ansiosa pelo o que me esperava. Podia vir um Verão de porcaria, mas não. Foi o melhor verão que tive, e perguntas tu: porquê? Porque estava contigo, sim tu. Eras a razão daquilo tudo. Foi um verão cheio de surpresas, cheio de animação, cheio de alegria, cheio de amor, amizade, cheio de tudo um pouco. Porque cada dia, cada minuto, cada segundo esclareceu-me que és a melhor pessoa, a melhor amiga que alguém pode ter. Tivemos as nossas gargalhadas, as nossas tardes, as nossas coisinhas de próprias melhores amigas. Afinal, éramos melhores amigas e não sabíamos. Infelizmente, passou muito rápido. Queria mais tempo para estar contigo. O nosso verão foi muito especial. Foi o nosso. Foi o tempo que eu tive para reflectir que eras a tal, que eras a única em que eu podia mais confiar. Mas acabou. Acabou o nosso verão. A despedida foi horrível. Naquele momento sentia-me destroçada, fria. Estava a tentar fazer-me de forte, conter as lágrimas. Acenava com a mão com um sorriso forçado, melancólico. E lá ias tu, ao fundo da rua. Por uns instantes deixei de ver o carro, já tinha ido embora. Quando foste, confesso que chorei. Era impossível não chorar. Sabia que íamos estar juntas mais vezes. Mas como o verão tinha sido tão especial, eu não queria deixar-te ir, não te queria largar por nada deste mundo. Eras demasiado importante para eu te deixar ir. Mas infelizmente, foste. Mais tarde, fui dar uma volta pelo parque, a imaginarmo-nos ali a ter as nossas brincadeiras de nós próprias. Não conseguia tirar a imagem de ti na minha cabeça. Não conseguia acreditar que finalmente o verão, o nosso verão tinha acabado.
Passou 1 mês e tal e finalmente “admitimos” que éramos melhores amigas. Foi outra vez, um dia marcante, aliás muito marcante. Naquele momento não me sentia triste nem nada disso, sentia-me feliz com um sorriso estampado na cara. Finalmente eras a minha melhor amiga, finalmente eras a minha Maria, a única. Foi naquele momento que me vieram as lágrimas aos olhos, “chorei” de felicidade. Eras tu, és sempre tu. És tu que me fazes rir, sorrir, chorar … E naquele momento, sim emocionei-me muito. Passou outra vez 3 ou 4 meses e finalmente voltamos a encontramo-nos, nunca me senti tão feliz em toda a minha vida, Maria. Admito, sentia-me nervosa. Afinal, era a minha melhor amiga que eu ia ver, ali á minha frente. Faltava pouco tempo para te ver. Minutos, segundos. E até que te vi a andar em direcção a mim, cheia de vida, de alegria. Novamente, o meu coração acelerou. Ficamos frente a frente. Estava a conter as lágrimas. Tu. Tu estavas ali. A minha melhor amiga estava ali. Abracei-te, fechei os olhos e pensei: eu amo-a, nunca te vou deixar. Olhei para ti e pensei que sem mim, tu não vives, ficavas perdida. Tal como eu, sem ti eu não vivo, eu não respiro, eu não sou nada. Naqueles momentos que olhava para ti, admirei-te tanto, orgulhei-me tanto de ti. Passou o tempo muito rápido. Despedi-me de ti com o melhor abraço que eu já tive. Foi tão bom, foi tão intenso, que nem tenho palavras para descrever. E não, não foi uma despedida. Foi um “ate logo”.
Hoje fazes anos, és bebé. Já tens 15 anos. E 15 anos que estou contigo significa muito para mim. Já não são 14. São 15. E agora estou aqui contigo, ao teu lado. Nos teus anos. Para tudo o que precisares. Como digo que te amo, também digo: PARABENS MELHOR AMIGA, és única, amo-te. Até ao fim.


p.s: i love you (L*

Sem comentários:

Enviar um comentário