sexta-feira, 26 de novembro de 2010

o meu mundo, não o teu


Antes de entrar respiro fundo. Entro, olho em volta, avisto centenas de caras que conheço muito bem. São os meus amigos. Fico sozinha, a olhar para eles e a vê-los a rir como se o mundo fosse perfeito. Orgulho-me deles por saber que por milhares de coisas que já passaram, conseguem sorrir e rir com vontade. De seguida, olho para mim mesma e pergunto-me " porque é que eu não consigo ser assim como eles? porque é que eu continuo a rir sem esforço e sem vondade? porquê?". E é nisto exactamente que eu penso. Avanço alguns passos, sento-me junto a eles e tento idealizar tudo num instante, tento conseguir saber rir e saber o que posso fazer sem que eles percebam que não estou bem. Mas por vezes, parece a coisa mais dificil que tenho que fazer. Chegar junto a eles e agradecer com um sorisso forçado, triste, melancólico, tudo o que fizeram por mim. Nesta vida, neste planeta, neste universo, há pessoas que nem sequer têm a noção que nós existimos e que estão na mesma situação que nós. É triste saber que por detrás disto ainda há algumas pessoas que fazem de tudo para fugir aos problemas e simplesmente rir á vontade. Sem problemas. Sem nada que preocupar. É frustante saber que não há nada a fazer, nada a dizer, nada com que mude isto tudo. Isto tudo. É angustiante quando estou sozinha no meu quarto, incenso, musica relaxante, sentada numa almofada, pernas cruzadas e sentir que não posso mexer um único dedo para fazer mágia a mudar esta vida. Orgulho-me de mim mesma, eu amo-me. Vejo-me como uma mulher forte, lutadora. Pronta para a vida.

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